Não posso mais cantar
Pois o pássaro cantor
que havia em mim,morreu.
Não posso mais brincar
pois a criança que
existe dentro de mim,adormeceu.
Não posso mais sorrir
pois a fábrica de sorrisos
que eu tinha, faliu.
Não posso mais sonhar
pois o poeta que havia
dentro de mim, partiu.
Não posso mais viver
pois a força que me
mantinha vivo,saiu.
Hoje, eu só posso ficar
por aí, perambulando até
que a coisa mude ou um dia
simplesmente evapore.
(Rio de Janeiro, 1982)
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